Esta foi uma sessão especial, com palavras, convidados, muito riso e literatura. Onde o tempo acelerou, fugiu-nos das mãos e da voz... muito em tão pouco...excedemo-nos mas valeu a pena.
Para o ano há mais!
Porque de livros se tratava, a Carmen falou dos seus livros
POIESIS vol. III, Editorial Minerva, ano 2000 / INTEMPORAL, Editorial Minerva, ano 2006 / SER - sobreviver em ruptura, WAF, junho 2009 / Antologia WAF, dezembro 2009 / Afonso e Roma às avessas, Edições Alfarroba, março 2012
LeItUrA dE pErNaS pArA oAr
A Luísa deliciou-nos com a leitura de uma redacção da Guidinha
Luísa
Tretas tretas tretas a mim é que não
me levam mais era o que faltava ou um ou outro é um aldrabão disseram-me
que o pai natal descia pela chaminé e eu acendi o fogão para lhe
queimar o rabo para ele dar um grito para eu o ver e nicles quem ficou
com o rabo a arder fui eu que levei bumba no toutiço por ter gasto gás é
só para ver como as coisas são disseram-me que ele trazia presentes do
céu e o que ele me trouxe foi uma camisola que eu vi numa montra duma
loja em saldo com o preço e tudo isto quer dizer que o Céu fica na Rua
dos Fanqueiros ou que me aldrabaram por eu ser criança é o que eu digo
mentem à gente mal a gente nasce e depois queixam-se de que a gente em
grande queira ir para a política (...) outra porcaria que me fez o pai
natal foi dizer ao meu pai que este ano os presentes eram fracotes por
causa da crise que há no Céu mas então se aquilo é igual à Terra para
que é que lhe chamam Céu anda a gente a privar-se de coisas para ir para
o Céu e chega lá e bumba aquilo é como a Graça ou como o Areeiro eu é
que não vou nisso e se as coisas não mudam para o ano faço de conta que
não sei da crise e mando uma reclamação para o deputado que me
representa na assembleia e o pai natal vai ver como é que as moscas
picam para aprender a ser profissional a valer que isto dum pai natal
amador não interessa a ninguém e muito menos a esta vossa GUIDINHA que
não está cá por ver andar os outros
(O texto lido foi igualmente divertido - Entre 1969 e 1980, Luís Sttau Monteiro (1926-1993) publicou as suas célebres «Redacções da Guidinha», primeiro no suplemento A Mosca do Diário de Lisboa, depois em O Jornal. Com um estilo e um tipo de humor absolutamente originais, os seus textos eram tentativas permanentes de fintas à Censura.)
LiVrO dO DiA
Ao Luís coube-lhe trazer o livro do dia - e, foi mesmo, porque a duplicidade assim o fez.
Luís
Era uma vez um rei que fez promessa de levantar convento em Mafra. Era
uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado
maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria
voar e morreu doido.
E, porque o tema foi LiVrOs, tivemos a presença de um convidado especial, que nos falou de lIvRoS, edições, editoras, autores, ilustradores e outras coisas tais. Agradecemos a participação e partilha.
Andreia Varela
Alfarroba Edições
"o livro é um objecto emocional"
"a Alfarroba surgiu duma ideia de 3 pessoas que gostavam de livros"
"estamos sediados em Alcochete"
"protocolo com a Câmara Municipal do Montijo"
"há escritores que são autores, mas nem todos os autores são escritores"
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