O CLUBE e alguns dos seus elementos
Márcia Balsas |
António Eugénio |
Vanessa Contumélias |
Luís Correia |
Sara Loureiro |
Graciete Correia |
Helena Barros |
Maria Perpétua |
Maria Agostinha |
Adília Silva |
Carmen Ezequiel Após a PRAXE das apresentações, ousámos levantar a voz e - tímidos, destemidos e expetantes, - revivemos a obra poética de:
O Palácio
Era um dos palácios do Minotauro
— O da minha infância para mim o primeiro — Tinha sido construído no século passado (e pintado a vermelho)
Estátuas escadas veludo granito
Tílias o cercavam de música e murmúrio Paixões e traições o inchavam de grito
Espelhos ante espelhos tudo aprofundavam
Seu pátio era interior era átrio As suas varandas eram por dentro Viradas para o centro Em grandes vazios as vozes ecoavam Era um dos palácios do Minotauro O da minha infancia — para mim o vermelho
Ali a magia como fogo ardia de Março a Fevereiro
A prata brilhava o vidro luzia Tudo tilintava tudo estremecia De noite e de dia
Era um dos palácios do Minotauro
— O da minha infância para mim o primeiro — Ali o tumulto cego confundia O escuro da noite e o brilho do dia Ali era a furia o clamor o não-dito Ali o confuso onde tudo irrompia Ali era o Kaos onde tudo nascia
in O Nome das Coisas, 1977
No final brincámos de SER POETA e gritámos BEM ALTO: SER POETA - Florbela Espanca |
Sem comentários:
Enviar um comentário